Conforme a legalização avança nos Estados Unidos, aumenta o número de usuários medicinais que passam a utilizar a maconha como parte de seu tratamento
Conforme a legalização avança nos Estados Unidos, aumenta o número de usuários medicinais que passam a utilizar a maconha como parte de seu tratamento. Não é mais novidade pacientes com câncer usarem a maconha no como complemento à quimioterapia, combatendo os efeitos colaterais tão indesejados. Porém aumenta ainda mais o número de crianças que também passam a utilizar a maconha como alternativa.
É o caso de Dahlia, uma garotinha de 3 anos que se mudou para o Colorado (EUA), afim de poder utilizar a maconha na luta contra um tipo raro de câncer. Ela está utilizando o Óleo de Maconha em seu tratamento e vem apresentando resultados muito positivos, surpreendendo até mesmo os médicos.
Quando tinha apenas 2 anos de idade, ainda em maio do ano passado, Dahlia foi diagnosticada com Anaplásico Astrocitoma, uma forma muito rara de câncer cerebral. Como já sabemos, o tratamento do câncer é extremamente complicado e doloroso para os pacientes e familiares.
Após o diagnóstico, os médicos realizaram uma cirurgia de emergência para a retirada do tumor. Por conta da raridade de sua doença, Dahlia foi aceita no programa de quimioterapia do Hospital St. Jude, no Tennessee. A pequena Dahlia ainda precisou ser operada para conter uma hidrocefalia no crânio. Ela sofreu apneia devido ao excesso de fluido e por duas vezes deixou de respirar, requerendo esforços de reanimação de emergência. Dahlia desenvolveu ainda convulsões como resultado de duas cirurgias adicionais realizadas para fazer a biópsia e a remoção de partes de seu tumor.
Então os médicos informaram Moriah Bernhardt, mãe de Dahlia, que a radioterapia não poderia ser aplicada pois, a localização do tumor no hipotálamo poderia fazer com que Dahlia sofresse danos graves e irreversíveis no cérebro. Foi quando Mo, inconformada com essa situação, resolveu pesquisar outras alternativas para tratar o câncer de sua filha. Ao ler sobre o Óleo de Maconha e como ele vem sendo utilizado no combate ao câncer, Mo sabia exatamente o que fazer para salvar a vida de Dahlia.
No Tenessee, a maconha medicinal não é reconhecida. As únicas leis do estado sobre o assunto dizem que quem for pego com maconha vai pra cadeia, o que obviamente não é uma opção para Moriah. Os médicos de lá tem grande necessidade de conservar suas carreiras, e sequer consideram discutir o assunto com os pacientes. Sendo assim, Mo Bernhardt resolveu que utilizaria a maconha para curar o câncer inoperável de sua filha, deixou tudo para trás na Florida e mudou-se para o Colorado. Desde então, vem relatando o tratamento de Dahlia no sitewww.dahliastrong.org .
“Um bom dia para nós é um dia terrível para a maioria das pessoas”, diz Mo Barnhardt. “Ver sua dor, sua náusea, ouvi-la chorar… não há palavras que possam descrever”.
Esforços liderados por membros de 03 associações de pacientes de maconha medicinal dos EUA, The Undergreen Railroad, Moving for Marijuana e Parents4Pot, uniram ativistas de todo o país em suporte à viagem da Dahlia para o Colorado. A Realm of Caring é uma das comunidades de apoio que as famílias procuram quando chegam ao Colorado para começar o tratamento com o óleo de Cannabis. Quando Paige Figi, mãe de Charlotte, de 08 anos, diagnosticada com síndrome de Dravet, e que faz tratamento com o óleo de Cannabis há 02 anos, foi perguntada qual conselho havia dado para a família da Dahlia sobre a mudança para o Colorado em busca do tratamento, ela respondeu:
“Estamos aqui para vocês. Quando estes pacientes, estas crianças, estão sendo abandonados porque não há mais nenhum tratamento que se possa fazer, a Realm of Caring vai estar aqui para lhes oferecer o nosso apoio e educação sobre uma outra potente opção, chamada Charlottes’s Web (estirpe de Cannabis rica em CBD que recebeu este nome em homenagem à Charlotte) e outros tipos de maconha medicinal. É extremamente solitário e desafiador ser pai e mãe de uma criança especial, com uma doença grave. Eles podem achar às vezes que todo mundo os está abandonando. Nossa organização é completamente voluntária, quase todos nós pais de apenas um único filho. Há centenas de pacientes no Colorado fazendo este tratamento, muitos sendo refugiados de outros estados e países. Existem à disposição grupos de apoio incríveis. Da nossa assistência inicial de passo-a-passo, às planilhas utilizadas para ordenação médica da Indispensary; dos projetos de pesquisa científica, às reuniões diárias de grupos de autoajuda, os pais podem se sentir muito seguros em nosso rebanho. É realmente uma coisa bonita de se fazer parte.”
NÃO ACREDITA? VAI LÁ!
http://maisfacilquepao.blogspot.com.br/2014/01/dahlia-e-sua-luta-contra-o-cancer.html