Mais da metade dos brasileiros é a favor da liberação da maconha para fins medicinais
A cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha, foi o tema da primeira pesquisa do ano da Expertise. A legalização da erva no Uruguai para produção e venda e, logo em seguida, no Colorado e em Washington para consumo para maiores de 21 anos, gerou muitas notícias em todo o mundo e reanimou a discussão sobre a sua legalização em outros países. Aqui no Brasil, o assunto ainda gera muitos embates. Pensando em todo o alvoroço, a Expertise lançou uma pesquisa para saber a opinião dos brasileiros em relação à droga.
A coleta de dados foi feita pela plataforma Heap Up, e 1.259 pessoas participaram da pesquisa online. Desse total, 57% são a favor da legalização para fins medicinais, contra 37%, que não são a favor para nenhum fim. 26% da população diz que já experimentou a droga e 4% destes dizem fumar maconha diariamente.
Até por ser uma droga ilícita, 76% da população diz nunca ter utilizado – sendo que 69% destas pessoas afirmaram que a principal razão é por falta de curiosidade, e 16% porque consideram prejudicial à saúde. Falando em saúde,o estudo propôs algumas comparações com outras substâncias lícitas: 78%dos entrevistados consideram a maconha tão ou mais prejudicial que as bebidas alcoólicas e 74% afirmam que ela é tão ou mais nociva do que o cigarro.
Além das perguntas sobre uso, fins e perigos à saúde, a pesquisa abordou quando as pessoas fumaram a droga pela primeira vez, se fosse legalizada, onde deveria ser vendida e usada, e aprofundou mais a questão, levando-a para o âmbito familiar. 6 em cada 10 entrevistados afirmam ter parentes e/ou amigos próximos que fumam maconha. Todavia, se descobrissem que o filho (a) fuma, mais da metade orientaria a parar, e apenas 5% se mostram indiferentes e não proibiriam de usar.
Mas para o CEO, Christian Reed, um dos pontos que mais chamou sua atenção nos resultados foi a diferença das respostas entre quem já fumou e quem nunca experimentou a maconha. “Fica claro que as opiniões são muito divergentes e que o assunto ainda é polêmico. Não há um consenso entre a população, o que só comprova que está mais do que na hora de se iniciar um amplo debate sobre o tema”, finaliza.