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O cultivo brasileiro do ‘Pito do Pango’, maconha era vendida em herbanários

maconha no brasilO CULTIVO DE CÂNHAMO NO BRASIL

Pango, Diamba, Liamba, Fumo de Angola, Veneno Africano, Maconha ou Cânhamo. De uso medicinal milenar, a cannabis com seus diferentes nomes é cultivada desde a época da colônia no Brasil. 

No século XV o Cânhamo era um dos principais produtos agrícolas da Europa. A partir dele eram produzidos o papel e a maior parte dos tecidos usados na época. Por sua vez, foi essencial nos descobrimentos. Sua fibra era matéria-prima de velas, cordas, redes e outros apetrechos das grandes embarcações. Mas Portugal, um dos maiores usuários desses produtos, não produzia cânhamo próprio — daí a ideia de fazer plantações em suas colônias.

A primeira plantação oficial de Cannabis no Brasil — por iniciativa da própria Coroa Portuguesa — remonta a 1716. O Rio de Janeiro, além de plantar a cânhamo em larga escala, foi responsável pela produção e distribuição de sementes para Santa Catarina, Rio Grande e Sacramento (atual Uruguai). Naquele ano, foram enviados de Lisboa 40 casais de agricultores da província de "Trás-os-Montes" para povoarem a "Colônia do Sacramento" e lá iniciarem o plantio de cânhamo e de outras espécimes agrícolas.

Desde então, a “Diamba” ou "Pito do Pango" era vendida em herbanários da então capital da República por um preço extremamente baixo. Receitada para sintomas como insônia, problemas gastrointestinais e principalmente como analgésico. Até a invenção da aspirina, a planta era conhecida como uma das principais formas de alívio da dor.

A história da sua criminalização no país remonta ao início do século passado, embora a sua proibição, no caso do Rio de Janeiro, venha mais de longe. Já em 1830, o código de posturas da Câmara Municipal estabelecia a proibição da venda e do uso do Pango, bem como punições para “os contraventores”. No grupo estavam incluídos os vendedores, que pagariam uma multa, e todos aqueles que utilizassem da planta (escravos principalmente), sendo punidos em três dias de cadeia.

Entender o passado é a melhor forma de questionar os reais motivos do proibicionismo. Uma planta milenar com mais de 25.000 possibilidades de uso não pode ser ignorada apenas por motivos ideológicos.

FONTE: http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/pito-do-pango-na-decada-de-30-maconha-era-vendida-em-herbanarios-do-rio-13352181?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O+Globo

Para conhecer mais sobre a primeira marca especializada em Cânhamo do Brasil, acesse:www.kanham.us